A decisão sobre qual condição tratar primeiro deve ser baseada na apresentação clínica predominante e na resposta esperada ao tratamento. Pacientes com sintomas principais relacionados às varizes dos membros inferiores geralmente são submetidas ao tratamento do refluxo da veia safena e tributárias, assim como à abordagem das veias nos pontos de fuga. A escleroterapia com espuma guiada por ultrassom é realizadapara fechar a comunicação pelve/membro inferior nos pontos de escape (bottom-up approach).
É fundamental que cada caso seja avaliado individualmente, pois, como a fonte do refluxo ainda persiste na pelve, há um maior risco de recidiva precoce. A paciente deve ser orientada a compreender como cada condição pode influenciar a outra e que, após o tratamento inicial, a resposta será monitorada, com reavaliação da necessidade de abordar a pelve.
Em casos de pacientes com recidiva de varizes que já foram submetidas a múltiplas cirurgias, considerar o tratamento da fonte da hipertensão venosa no compartimento pélvico para um tratamento mais definitivo.
Quando os sintomas predominantes estão associados à congestão pélvica, como dor crônica intensa, dispareunia e varizes vulvares, a abordagem inicial deve focar na embolização (top-down approach).
Em casos onde os sintomas são severos e coexistentes, uma abordagem combinada pode ser considerada, onde o tratamento de ambas as condições ocorre de forma sequencial ou concomitante, dependendo da resposta da paciente.
Isabela Rodrigues Tavares
Vascular e Endovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de São Paulo (IDPC-SP)
Ecografia Vascular com Doppler pelo Instituto Dante Pazzanese de São Paulo (IDPC-SP)
Título de Especialista em Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular com Doppler
Mestrado em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)