No tratamento das patologias do arco aórtico, como dissecções e aneurismas, frequentemente é necessário estender a área de selamento proximal até a zona II do arco, comprometendo assim a artéria subclávia esquerda.
Todos os guidelines atualmente recomendam a sua revascularização em situações eletivas, pois foi notado que isso diminuiu os sintomas isquêmicos no membro superior esquerdo, os riscos de AVC ou isquemia medular.
Existem vários métodos para realizar a revascularização da subclávia esquerda. A cirurgia, seja por transposição ou ponte carotídea subclávia é um método efetivo, porém carrega riscos como infecção da ferida, lesão linfática ou lesão do nervo frênico, além de ser tecnicamente difícil em pacientes com pescoço curto. Em casos eletivos, podem ser utilizadas próteses customizadas à anatomia do paciente. Em situação de urgência é possível realizar a fenestração “in situ” com Laser ou cateteres de reentrada ou endopróteses “off-the-shelf” com ramo para a subclávia, já disponíveis comercialmente no Brasil.
Lucas Marcelo Dias Freire
Título de especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV, título de especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela SOBRICE, mestrado em cirurgia pela Unicamp. Cirurgião vascular dos hospitais Centro Médico e Vera Cruz de Campinas. Médico do setor de radiologia intervencionista do HC-Unicamp